Hoje folheando alguns livros que já li (tenho essa mania),
fiquei maravilhada com as colocações e com tamanha
sensibilidade expostas ali, como se eu tivesse lendo pela
primeira vez e entre tantas páginas e tantas coisas lidas
não resistir em postar aqui alguns trechos, mais fiquei numa
terrível dúvida, pois li tantas coisas. Muitas amigas que me
acompanham sabe que gosto muito das crônicas do
Rubem Alves, e era exatamente um livro dele que eu
estava lendo, O Retorno e Terno, e nele têm muitas
frases de outros grandes escritores e personalidades.


Na crônica Lições de bichos e coisas Rubem Alves fala
de um documento de Jorge Luiz Borges que declara
como ele deixou passar sua vida:

Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um
termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva,
e um pára-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria
mais montanhas, nadaria mais rios. Se não o sabe,
disso é feita a vida, só de momentos. Não percam o
agora.Mas, ele conclui, já viram, tenho 85 anos e sei
que estou morrendo.

Li também uma das confissões do Santo Agostinho que
declara que os seus mestres foram as coisas,
as plantas e os animais:

Perguntei a terra, ao mar, á profundeza e, entre os animais,
ás criaturas que rastejam. Perguntei aos ventos que sopram
e aos seres que o mar encerra. Perguntei aos céus ao sol,
á lua, e as estrelas e a todas as criaturas á volta da
minha carne:
Minha pergunta era o olhar que eu lhes lançava.
Sua resposta era a sua beleza.


Beijos e flores!

Foto retirada da net